Ainda existe uma escassez de material literário, voltado para a literatura infantil regional do Estado de Roraima. Os mitos, lendas, costumes e comidas típicas, enfim, todo o folclore roraimense ainda não está contextualizado em livros voltados as nossas crianças.
Com esse ideal de exaltar o regionalismo de forma sensível e lúdica, que o escritor roraimense Clotilho Filgueiras, lançará em setembro de 2012, a primeira obra infanto juvenil roraimense, a qual entitula-se "Daniel Sapeca e o Diamante Azul do tepequém.
Essa obra literária pretende abordar com objetividade e ritmo, quatro vertentes: a emoção da criança, regionalismo, respeito ao meio ambiente e raciocínio crítico político-social.
O livro é profundo e sinceramente regionalista, enaltecendo o folclore e as tradições orais do povo roraimense.
Daniel Sapeca pretende ser uma série, sempre ambientada em Roraima divulgando nossa história, tradições e geografia. Servirá de um excelente material didático a ser usado pelas escolas de ensino fundamental.
A história se passa na cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima e em alguns pontos turísticos importantes dessa Unidade da Federação. Tem como personagem principal Daniel Sapeca, um menino de 9 anos, esperto, inteligente e curioso. O casarão das 7 mangueiras, onde ele mora, tem relevância histórica local, possuindo um belo jardim de roseiras, onde a sua avó Naná vende e exporta belas roseiras e com isso garante o sustento do lar.
Daniel Sapeca ao longo da história expõe de maneira sublime e não de forma severamente didática, alguns dos seus conflitos, tais como: a falta de atenção dos adultos em ouvir e respeitar as opiniões próprias das crianças.
O início da trama ocorre quando Daniel descobre que a sua avó está prestes a perder a propriedade do Casarão, por conta de uma dívida.
Quando ouve a história de um diamante azul perdido na Serra do Tepequém, contada pela velha índia macuxi Angélica (babá antiga da família), sai na companhia do primo Felipe numa aventura fantástica, visitando vários pontos turísticos do seu Estado.
Durante a sua viagem interage com personagens próprios do autor e do folclore roraimense: Tia Cecy (professora de história regional), o Canaimé (índio justiceiro), a Boiúna (cobra grande), as três indías virgens da Serra do Tepequem, a Cruviana, a Vaca Chorona, a Panela de Barro, a Borboleta Escarlate, o indiozinhos Makunaimi e Anaracarac, a Galinha Estela e o Passarão.
O objetivo dessa viagem do personagem principal é alcançar o topo da Serra do Tepequem, a fim de obter o diamante azul, e com a venda dessa pedra, conseguir a quantia em dinheiro necessária para salvar o casarão do confisco do banco. Para que isso aconteça, Daniel Sapeca terá que percorrer o caminho certo e descobrir o segredo de três objetos, conforme contado pela velha indía Angélica.
Com a venda do diamante e a obtenção do dinheiro necessário para salvar o casarão, Daniel não se contenta com o alto valor pago em tributo ao governo. Assim, ele vai conversar pessoalmente com as autoridades e exige que o dinheiro seja todo investido na educação e melhoria do seu Estado. Nesse ponto repousa o raciocínio crítico sobre o tema político e social
Essa será a primeira obra infanto-juvenil puramente regional, tendo o autor a pretensão de inaugurar uma série, sempre como pano de fundo as belezas naturais de Roraima. O Casarão das 7 Mangueiras, belo, histórico original e promissor, seria o Estado de Roraima. A dona do casarão a vovó Naná, a governante séria, honesta e compromissada. O Daniel Sapeca, ao mesmo tempo que supera seus conflitos emocionais, reflete o cidadão roraimense inconformado com os desmandos locais. A divulgação dos potencias naturais, ecológicos e turísticos de Roraima será divulgado pelo autor em todo o Brasil com a publicação dessa obra. Da mesma forma a consciência ambiental.
Mas o diferencial dessa obra é a abordagem do folclore roraimense, de forma lúdica e alegre, levando ao conhecimento dos leitores, não somente da Amazônia, mas também de todo o restante do Brasil.
